quarta-feira, 5 de novembro de 2008
A esperança venceu o medo, parte 2
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
A Globo, Obama e eu.

Obama é tudo que a América nunca quis e que parece querer agora.
Outros democratas já foram reformistas, como os kennedys, assassinados… O Clinton, mas… Brancos de elite.
Obama não é importante como novo presidente apenas, ele será a maior virada da história americana: a América se auto criticando, aceitando o rejeitado histórico, o negro cuspido, o solitário que não representa corporações.
Obama nasceu nos anos 60, junto com a integração racial, com os direitos humanos. Obama é o jazz, a sexualidade livre, a liberdade da contra cultura. Ele é uma porrada no mundo republicano de preconceito, violência, burrice, da pulsão de morte.
Se Obama não ganhar, a América vai decair como suas torres do 11 de setembro.
Neste mundo do “conto do vigário”, das finanças alavancadas, Obama é mais que um candidato; ele é uma síntese de idéias, é a tomada do poder das conquistas cientificas, culturais e éticas da modernidade.
Voltarão a razão e a inteligência, que foram escorraçadas da América nos últimos anos.
Obama não é o novo. Ele é o velho. O bom e velho humanismo, a velha grandeza esquecida do mundo ocidental.
Os mistérios da letra G
Hoje eu acordei com uma pulga atrás da orelha. E olha que nem cachorro em casa eu tenho. Mas falando sério, por que essa tal dessa letra G é tal importante????
Sétima letra do alfabeto latino (sete é o número do mentiroso), a G nem era considerada como tal, pois os romanos usavam a letra C para representá-la. Só que hoje, tudo o que ocorre no mundo está intimamente ligado a esta bendita letrinha. Senão vejamos:
No futebol brasileiro, todos os times querem está no G 4, seja na série A, pois garante vaga na Libertadores, seja na série B, assegurando uma vaga na primeira divisão.
Na fórmula 1, todas as equipes se preocupam com uma tal de G - Force, que significa a força que a gravidade incide sobre carros e pilotos durante uma corrida.
Na política, os oito países mais ricos do mundo, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e o Canadá (antigo G7), mais a Rússia, integram o G 8.
Até no sexo essa criatura se faz presente. Tanto homens quanto mulheres querem encontrar o local exato do prazer feminino, o ápice da relação sexual, o que faz as mulheres irem as alturas,o tão cobiçado ponto G.
Se isso me preocupa? Depende. Se formos olhar o significado da letra G, na sigla GLBT, e da forma que essa insuportável letrinha está dominando o mundo, poderemos acordar um dia e nos deparar-mos com um universo todo cor de rosa.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Eleições 2008: Lula ganha, PT perde.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Carta ao povo camamuense
Temos que, verdadeiramente renascer. Se no inicio deste século a esperança de fato renasceu, oito anos depois só resta a decepção e a constatação do voto perdido, pois temos a triste certeza que as promessas de outrora não saíram do papel.
Temos que nos indignar. É com pesar e indignação que constato que Camamu retrocedeu. Viramos piada e motivo de chacotas dos nossos vizinhos do Baixo Sul. Observo que nossa cultura deixou de existir, nossas tradições não são respeitadas, nossa identidade está perdida. Tudo que se faz em Camamu tem como principal atrativo para os nossos governantes ser mais uma oportunidade para se apropriarem de verbas públicas.
Temos que renovar. E é por isso que me apresento como alternativa a Câmara de Vereadores, juntamente com a candidatura de Ioná Queiroz à prefeitura municipal. Essas candidaturas assumem cada vez mais o caráter de um movimento em defesa de Camamu, dos nossos direitos e anseios. Temos que recusar qualquer forma de continuísmo. Não podemos repetir erros do passado, sejam eles assumidos ou mascarados.
Temos que nos preocupar. Estamos perdendo nossos jovens para as drogas e a prostituição. E tudo isso ocorre por falta de oportunidades e informação. A nossa educação, apesar de termos excelentes profissionais, não é das melhores. Falta estrutura. Nossos jovens não são preparados para enfrentar o concorrido mercado de trabalho.
Temos que ousar. A ousadia faz parte do ser humano. E por isso apresento como bandeiras a luta por educação de qualidade; acesso à saúde; redução da jornada de trabalho dos comerciários, sem redução de salário; criação de programas ligados ao primeiro emprego; efetivação da cultura, do esporte e do lazer; criação do departamento de juventude, para discutirmos assuntos pertinentes a essa gama considerável da sociedade; facilitação do acesso ao ensino superior; e a criação de políticas públicas que beneficiem as mulheres.
Temos que dar um basta. Chega deste método arcaico de se fazer política. Chega de corrupção, chega de assistencialismo, chega de compra de votos, chega de políticos que roubam, mas faz. Pois temos a certeza de que é possível fazer, sem roubar.
Temos que nos unir. Preto e branco, rico e pobre, homem e mulher. Temos que ter a consciência que Camamu é maior do que qualquer anseio pessoal. E não podemos nos dar ao luxo de condenar essa cidade a mais quatro anos de sofrimento. Vamos juntos nessa caminhada.
E desde já, meu muito obrigado!!!!!
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Unidade para Renovar Camamu
O PCdoB propõe a luta em torno de seis reformas: tributária, política, democratização da mídia, urbana, agrária e da educação, caminho de mudanças estruturais e de uma plataforma popular e democrática, com o apoio do PSB, PDT, PRB e PT.
Na Bahia, com a eleição de Wagner governador, renovam -se as esperanças do povo baiano e o estado pode aproveitar-se das oportunidades geradas pelas políticas do governo federal. O novo governo, por sua natureza democrática, conseguiu atrair um amplo leque de partidos na sua composição, no entanto, para que ele seja base de sustentação do projeto nacional, torna-se fundamental o fortalecimento do núcleo de esquerda em seu seio.
Camamu vem amargando nos últimos sete anos o desgoverno de Zequinha da Mata e perdeu a oportunidade de beneficiar-se dos avanços experimentados no Brasil e na Bahia. Desvios e desperdícios de recursos, incompetência e malversação na educação, abandono dos bairros, das comunidades ribeirinhas e da zona rural, bem como dos distritos de Travessão, Orojó, Pinaré, Acaraí, Barcelos, Tapuia e os demais, e o aumento da criminalidade são as marcas maiores do atual governo municipal.
Num contexto político tão favorável, Camamu precisa iniciar seu desenvolvimento econômico e social com democracia, objetivos esses que ficou esquecido em administrações passadas, em detrimento as artes de corromper e locupletar.
Diante desta situação, o Comitê Municipal do PCdoB em Camamu, convoca as forças políticas do campo progressista a se unirem em torno de um programa de desenvolvimento sustentável para nosso município. A unidade que propomos deve ser fundamentada nos interesses maiores do povo camamuense, em contraposição aos interesses meramente partidários ou pessoais. Deve ser assentada também no diálogo democrático, na elaboração de um programa comum, na composição das chapas e do governo.
Oferecemos como opções para a unidade, os nomes dos candidatos Professora Lindinalva, Luiz de Zezito, Márcio do Orojó e André Maron, e externamos nosso apoio a candidatura de Ioná Queiroz, pelo Partido dos Trabalhadores, numa tentativa clara de resgatar a identidade e o orgulho do povo camamuense.
Camamu, 29 de junho de 2008
Comitê Municipal do Partido Comunista do Brasil - PCdoB
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Quando a boca é maior que a vergonha na cara
Eu poderia fazer o mesmo que esse rapaz e seus comparsas fazem. Poderia começar aqui dizendo sobre os desfalques em uma certa associação de amigos e moradores do nosso município, da falta de prestação de contas dos R$ 10.000,00 repassados pela PETROBRAS à um certo Conselho, da falta de ética e profissionalismo do mesmo Conselho, do caso dos blocos de Waldir Pires ou até mesmo do emprego dado pela direita (ou Casa Grande, na linguagem do próprio cidadão) ao autor do Pasquim mais insano que eu já tive o desprazer de lê. Mas não, não vou me rebaixar a tanto. Isso pra mim é a escória.
Prefiro, ao invés de destruir com mentiras e acusações infundadas, construir, com verdades e honestidade. Todo mundo sabe do trabalho e história da pessoa que se apresenta como candidata a prefeita de Camamu pelo Partido dos Trabalhadores. Sua carreira como economista e até mesmo como idealizadora de um Instituto é um livro aberto para quem quiser conferir. O mesmo Instituto está à disposição para quem pretender dirimir quaisquer dúvidas. O seu sucesso é contado para todo o Estado através de propagandas vinculadas na maior emissora televisiva da Bahia, dois dos seus projetos (Mulher Cidadã e Banco do Povo de Camaçari) são os carros chefes do sucesso do prefeito Luiz Caetano (concedendo a ele inclusive, o prêmio de melhor prefeito da Bahia). O fato de Ioná se apresentar como a única opção para o desenvolvimento de Camamu incomoda aos inimigos do mesmo desenvolvimento, que torcem para que fiquemos na mesma situação que nos encontramos.
Camamu vem amargando nos últimos sete anos o desgoverno de Zequinha da Mata e perdeu a oportunidade de beneficiar-se dos avanços experimentados no Brasil e na Bahia. Desvios e desperdícios de recursos, incompetência e malversação na educação, abandono dos bairros, das comunidades ribeirinhas e da zona rural, bem como dos distritos de Travessão, Orojó, Pinaré, Acaraí, Barcelos, Tapuia e os demais, e o aumento da criminalidade são as marcas maiores do atual governo municipal.
Diante desta situação, o Comitê Municipal do PCdoB em Camamu e a base aliada da campanha de Ioná, convoca as forças políticas do campo progressista a se unirem em torno de um programa de desenvolvimento sustentável para nosso município. A unidade que propomos deve ser fundamentada nos interesses maiores do povo camamuense, em contraposição aos interesses meramente partidários ou pessoais, de pessoas sem nenhuma credibilidade e que só querem locupletar-se e tirar vantagens em cima do povo camamuense.
Por isso Ioná, não se deixe abater por mentiras de pessoas que lhe invejam e gostariam de ter o seu potencial. Lembre-se: enquanto os cães ladram (e nesse caso são todos vira-latas) a caravana (da VITÓRIA) passa. Vamos juntos à eleição. E com a certeza de um sucesso verdadeiro e honesto.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Negociação da CPI prevê ‘blindagem’ de Lula e FHC
Ficou entendido, informalmente, que o foco da investigação será o sistema de pagamentos por meio de cartões, não os chefes dos dois governos ou os seus familiares. Na reunião que manteve com Jucá, nesta segunda-feira (11), Sampaio foi explícito. Disse que a CPI, nos termos expostos em seu pedido, não tinha Lula como alvo.
Mais: Sampaio esclareceu que, embora parta dos cartões da era Lula, o seu requerimento permite que, surgindo fatos “correlatos”, sejam apuradas também as chamadas “Contas B”, que supriam os fundos das pequenas despesas do governo antes da criação dos cartões. Era tudo o que o governo desejava ouvir. Consultado, o Planalto deu sinal verde Jucá, que abraçou a proposta de CPI mista, com deputados e senadores.
Sampaio agendara o encontro com Jucá no domingo. Tivera o cuidado de comunicar ao presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Também no domingo, Guerra recebera um telefonema José Múcio, pernambucano como ele e seu amigo. O coordenador político de Lula disse-lhe, segundo apurou o blog, que o governo estava favorável à investigação dos cartões, mas desejava uma CPI “civilizada”, que preservasse Lula e também FHC.
Nesta segunda, Carlos Sampaio e Sérgio Guerra conversaram, pelo telefone, com FHC. Ouviram dele o seguinte: não acha razoável que a investigação alcance o seu período de governo sem que haja nenhuma denúncia. Mas não receia a apuração. Em diálogo com um terceiro político tucano, FHC chegou a fazer piada: “Os vestidos da Ruth era eu mesmo quem pagava”, disse, entre risos.
Por segurança, o tucanato decidiu munir-se de dados. Encomendou-se a Eduardo Jorge, ex-secretário-geral do Planalto no governo FHC, uma pesquisa sobre as informações relacionadas aos gastos com cartões e com as Contas B durante a gestão de seu ex-chefe.
Sérgio Guerra desfilou pelo Senado um discurso moderado. Sem mencionar a conversa com José Múcio, disse o seguinte: “Nesse debate dos cartões, muita coisa que é verdadeira e relevante se confunde com outras coisas que não são verdadeiras, embora pareçam relevantes.”
O presidente do PSDB acrescentou: “É importante que essa investigação seja feita. Primeiro porque há exageros. Segundo porque é evidente que os cartões são bons e precisam ser aprimorados. Mas tudo deve ser conduzido com muito equilíbrio, para que a gente consiga chegar a algum lugar.”
E quanto ao presidente e aos filhos do presidente? “É evidente que ninguém está blindado. Mas isso não pode ser foco da investigação. O que é segurança mesmo tem de ser preservado. O que não for segurança deve ser visto. Mas ninguém faz uma CPI só pra isso.” Defende, de resto, que os gastos comprovadamente vinculados à segurança do presidente e de seus familiares devem ser tratados como sigilosos.
O entendimento informal selado na reunião entre Jucá e Sampaio foi precipitado pela movimentação do deputado tucano, que empenhava-se há dias para pôr de pé o pedido de CPI que formulara havia duas semanas. Se dependesse de Sérgio Guerra, as conversações teriam se dado de outro modo. Envolveriam a bancada de senadores tucanos e os parceiros oposicionistas do DEM.
Para o presidente do PSDB, o governo gere de forma inadequada a crise dos cartões. Ele diz que, em entrevista concedida na semana passada, a minsitra Dilma Rousseff, "tratou do problema como se não dissesse respeito ao governo". Queixa-se da tática de arrastar FHC para o centro do problema:
"Toda a vez que o governo é acusado, ele remete para o passado. Isso não é uma coisa honesta. Recebem uma acusação e dizem: eu fiz, mas quem nao fez? Isso é recorrente. Dessa vez, eles se moveram para trás, com FHC, e para o lado, com José Serra. Não é coisa de gente séria. O importante é fazer uma investigação correta, de maneira construtiva. De modo que o Senado possa continuar trabalhando."
Do modo como foi conduzido, o acerto não-declarado marginalizou os senadores do PSDB e do DEM, que não se sentem comprometidos. O líder tucano Arthur Virgílio, por exemplo, elogia os termos do requerimento de CPI de Carlos Sampaio. Acha que é o "ideal". Entre quatro paredes, porém, insurge-se contra qualquer coisa que se pareça com um acordo capaz de restringir as investigações. Acha que o PSDB deve comparecer à CPI de lanças em punho.
Em privado, José Agripino Maia (RN), líder do DEM, dá de ombros para os acertos informais. Diz que "os fatos é que vão ditar os rumos da investigação, não as conveniências de A ou de B". Sustenta que o "fato determinado" a ser apurado na CPI diz respeito à gestão Lula. "Não adianta tergiversar nem tentar escamotear." De resto, senadores como Demóstenes Torres (DEM-GO) e Álvaro Dias (PSDB-PR) tampouco parecem o dispostos a preservar Lula.
Reservadamente, Demóstenes chega a dizer que, havendo irregularidades no período de FHC, não há acordo capaz de deter a averiguação. Deve-se investigar com o mesmo rigor, opina.
Nesta terça, os líderes do PSDB e do DEM reúnem as suas bancadas no Senado. Antes, Virgílio e Agripino tentarão afinar as respectivas violas, em encontro prévio que deve contar com a presença de Sérgio Guerra. Tucanos e 'demos' querem chegar ao encontro de líderes marcado por Garibaldi Alves (PMDB-RN), na presidência do Senado, tocando os mesmos acordes.
Como exemplo da "civilidade" que espera receber do tucanato, Lula enviou, por meio de um portador de sua confiança, um recado ao PT: deseja que o PT conduza com "responsabilidade" o debate em torno dos cartões de débito do governo de José Serra, na Assembléia Legislativa de São Paulo. Resta saber se o presidente controla os seus "radicais". De concreto, por ora, apenas uma evidência é nitidamente irrefutável: como todas os infortúnios que infelicitam o brasileiro, os cartões oficiais converteram-se em mote de piadas.
Fonte: Blog do Josias
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Eleições municipais prometem agitar o município de Camamu.
Os prováveis candidatos a ocupar o cargo do executivo Camamuense são: Dr. Alvaro Luiz, ex-secrerário de saúde, médico, apoiado pelo desgastado prefeito Zequinha da Mata de quem muito se esperava, mas que deixou a desejar nos seus quase oito anos de governo; Américo, ex-prefeito, ainda luta na justiça para poder se candidatar, tem como principal revés o fato de, quando foi o chefe do executivo local, ter deixado os funcionários públicos sem receber salários por longos 7 meses; Dr. Júnior Ferrão, advogado, jovem de visão, grande promessa da política camamuense; e Ioná Queiroz. E é exatamente nela que estão depositadas as esperanças de todo povo camamuense.
Apoiada por uma frente de partidos nunca vista nesse município, Ioná reúne em torno de sí a experiência de políticos gabaritados como o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e ex-vereador, Manoel Luiz, o ex-prefeito Marcelo de Jura, o vereador Levi da Cultrosa e o também ex-vereador Pedroca, e a juventude e garra de novos políticos, como o presidente do PV Elias Ramos, o carismático Luciano do Beco, além de outras importantes figuras como Luiz de Zezito, D. Zezé Queiroz, mãe de Ioná, Rita de Tatu e vários outros.
Contando com o apoio irrestrito dos governos federal e estadual, de secretários como Geraldo Simões e Valmir Assunção e de deputados como Javier Alfaya e J. Carlos, Ioná, o PT, e os partidos da base aliada, PCdoB, PV, PMDB, PTB e PRTB estão unidos em busca de um sonho, o de tornar Camamu uma cidade mais digna e menos desigual, onde todos possamos ter orgulho de sermos camamuenses, pois quem AMA CAMAMU, CUIDA!!!!
Goveno apoia CPI mista após oposição aceitar investigar FHC.
Diante da pressão política dos governistas para que as investigações atinjam a gestão do PSDB, a oposição resolveu ceder para evitar a instalação de duas CPIs (uma mista e outra somente no Senado) para investigar o uso dos cartões.
A Folha Online apurou que o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), recebeu o aval do Palácio do Planalto para concordar com a CPI mista proposta pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) --que se reuniu com o governista na manhã de hoje.
Desde que as denúncias de irregularidades no uso dos cartões corporativos vieram à tona, Sampaio começou a coleta das assinaturas para a CPI mista. Mas não teve o apoio dos governistas que temiam o uso político da comissão. Jucá admitiu que mudou de idéia após ter a certeza de que as "contas B" do governo FHC serão investigadas.
"Nós queremos retroagir a análise das despesas para que possamos mudar o padrão do gasto público no país. O objeto da CPI analisa gastos com cartões de pagamento e deve retroagir para suprimentos definidos desde 1998", afirmou Jucá.
Embora os cartões corporativos tenham sido implementados oficialmente a partir de 2001, o mecanismo foi criado em 1998 --motivo que levou o governo a pressionar pelas investigações a partir deste ano.
Os governistas apostam que a CPI irá encontrar irregularidades nos gastos do governo FHC --especialmente nas chamadas "contas B" --, enquanto a oposição sustenta que o foco principal da comissão será nas recentes denúncias de uso irregular dos cartões corporativos.
"O fato determinado da CPI é o cartão corporativo, mas isso não impede as investigações das 'contas B'. O receio do governo de que a CPI teria o foco somente no atual governo não procede. O cartão corporativo veio em substituição às 'contas B'", explicou Sampaio.
Integrantes
A CPI será composta por 22 titulares (11 deputados e 11 senadores), além de outros 22 suplentes. O requerimento fixa o prazo de 90 dias para as investigações da comissão. Governo e oposição ainda não discutiram como os cargos de comando serão divididos, mas a Folha Online apurou que a base aliada do governo vai trabalhar para ficar com a relatoria da CPI, embora admita compartilhar a presidência com a oposição.
A relatoria é o cargo mais cobiçado pelos governistas porque cabe ao relator conduzir as investigações sobre supostas irregularidades no uso dos cartões corporativos. Com a relatoria em mãos, os aliados poderão "blindar" eventuais informações que supostamente possam comprometer o Palácio do Planalto --uma vez que a oposição promete lutar pela divulgação completa dos gastos sigilosos dos cartões corporativos.
Sampaio disse que a oposição vai insistir na transparência de todos os gastos dos cartões, mas reconhece que alguns detalhes referentes ao presidente da República --que são de segurança nacional-- devem ser mantidos em sigilo.
"No que tange à figura do chefe de Estado, o gastos devem ter transparência, mas de forma genérica. Pormenorizar isso é diminuir os trabalhos da CPI, que não está aqui para bisbilhotar chefes de Estado", disse o deputado.