BBB dos esteriótipos...

Pensem num dilema...

Minha esposa chega em casa toda animada e me pede?

- Amor, compra o pacote do BBB?

Eu, como bom marido que sou, atendo ao seu apelo, pensando: "que mazela pode haver em comprar o pacote do BBB? Acredito que nenhuma."

Mero engano.

Sou obrigado agora a acompanhar o BBB mais tosco, ou melhor, o programa mais tosco da televisão mundial. Participantes já famosos (tem até uma apresentadora de telejornal da Record), ricos e, o que pior, sem nada na cabeça.

O que a Globo passa na sua programção, com edição e tudo mais, leva a crêr que tem o mínimo de emoção neste programa. Assistam 24 horas por dia e vocês irão ver aulas de desfiles para homens, conversas cheias de palavrões e sem nada que se aproveite, e o que pior, pessoas que se acham o retrato do Brasil. Ou será que eles são?

Fico preocupado em ver que o Brasil tem hoje em sua grande maioria jovens alienados e sem perspectivas de futuro. Pessoas que dão mais valor a futilidades do que aos assuntos sérios que envolvem o nosso país. A única coisa que se salva no BBB, ou melhor, que está se perdendo, é o Pedro Bial. Profissional de primeira linha, dono de uma cabeça das mais fantásticas, está lá, perdido, alienando-se, quando poderia ganhar o mundo com suas crónicas e reportagens.

Fazer o que né? Cada país, Estado, etc., tem os governantes e os programas que merecem. Não me surpreende São Paulo ser o mais representado nesta edição do BBB. Não é lá que tem pessoas morrendo por conta de enchentes e os governantes nada fazem para combater isso?

Haiti, uma tragédia anunciada...

No início da década de 90, mais precisamente em 1993, Caetano e Gil (quando Caetano ainda abria a boca apenas para fazer poesia), numa felicidade incrível lançaram o disco "Tropicália 2", onde o carro chefe era a música "Haiti" na qual o refrão dizia assim:
"Pense no Haiti, reze pelo Haiti". Ninguém seguiu este conselho. E hoje estamos acompanhando a maior tragédia anunciada do mundo moderno.
Todos sabem que o Haiti fica em uma região de intensa atividade sísmica, e que, costumeiramente ocorrem abalos de proporções menores. Governos haitianos já mostraram preocupações com tais abalos. Ocorre que o Haiti fica na América Latina. E sabemos que países dessa região do mundo não tem vez.
O que observamos agora é um total desrespeito aquele velho deitado, ou melhor, velho ditado: "é melhor prevenir do que remediar". E estamos remediando. E como estamos remediando erroneamente.
O Haiti acabou. Não existe governo instituido, não existem leis a serem respeitadas, não existe ordem naquele pequeno país. E os ricos (paises), exercitando a sua soberba, insistem em enviar "ajudas humanitárias" de forma equivocada. O que o Haiti precisa é de uma intervenção da ONU. Uma medida que devolva a ordem onde só se vê caos. Os haitianos não tem condições de gerenciar a própria crise. E as ajudas estão piorando tal crise.

Por isso que eu insisto em dizer: até quando querem ajudar, os capitalistas s[o atrapalham...