terça-feira, 4 de novembro de 2014

Quando o perigo se aproxima, os justos se levantam.

Uma eleição emocionante e imprevisível como foi a que acabou (será que acabou?), sempre mexe com os brios e as emoções de quem sempre foi ligado a política. No meu caso, as calorosas discussões travadas pelas redes sociais e até mesmo no tête-à-tête, os debates pela construção de uma agenda progressista e a covardia cometida pelos barões da imprensa e pelos grandes empresários na tentativa de recolocar no poder aqueles que foram rejeitados pelo povo em 2002, me reaproximaram da esquerda. Não que eu a tenha deixado. Falo da esquerda original, aquela dos anos 80/90 que víamos com olhos de poesia. Pois é. Voltei com tudo para essa esquerda.
E voltei ainda mais romântico e apaixonado. Talvez a linda vitória de Rui na Bahia e a emocionante virada de Dilma a nível nacional colaboraram para isso. A aproximação do retrocesso fez desperta em mim uma chama que se encontrava não apagada. Mas apenas com um fio de vida. A vontade de colaborar para as reformas sociais necessárias para a evolução do país me consome. A força de combater a mal política, idem. E espero que não tenha sido eu o único a sentir isso.
É o momento do PT dá uma nova guinada na sua história. Se afastar de partidos fisiológicos, interesseiros, e se reaproximar de suas origens. Olhar com mais carinhos para as agendas propostas por Psol, PCdoB. E por que não PSTU?? Se libertar de favores políticos visando a tal da GOVERNABILIDADE. Isso quem garante é o povo. Um governo que faça reformas que sejam úteis para a população, que garanta o crescimento social dos mais necessitados e que construa um país forte, não precisa da aprovação de um sem número de parlamentares, e sim da aprovação da população.
É chegada a hora de uma reforma política de fato. Não apenas nas regras de como se fazer, mas também na maneira de se fazer. Com maior transparência, sem a necessidade de conchavos e acordos escusos. Temos ótimos quadros despontando pelo país afora. Além dos já conhecidos petistas, comunistas e socialistas (sim, existem pessoas boas ainda no PSB), "surgem" nomes como o de Marcelo Freixo e Jean Wyllys, que se mostraram engajados na manutenção do forma progressista de se governar.
Como eu falei acima, a eleição pode ter acabado. Mas agora começa a luta permanente pela manutenção da decisão popular. Vamos enfrentar tentativas de golpes das mais diversas formas. Aberto ou velado. Por políticos, militares, orgãos da imprensa, enfim. A euforia passou. O perigo ainda não. Levantemos. Ainda temos muito trabalho pela frente.