quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Companheiro é Companheiro. Mas FDP...

Sempre fui muito ligado a política. Acho que desde quando minha querida tia, mainha Nice, fugia da ditadura (não, meu tio não era tarado. Era a ditadura militar mesmo.) e eu habitava o ventre da minha mãe, quando percebia aquele rebuliço dentro de casa numa tentativa de esconder minha tia dos policiais, já ficava todo animado e pulava corda com o cordão umbilical. Acompanhei e lembro muito bem da eleição de 89. Aquela disputa entre Lula e Collor mexeu muito comigo, apesar dos meus mirrados 8 anos. A música do petista até hoje me emociona. No dia do pleito, mainha Nice foi presa por boca de urna e levou um sabão dos policiais (menina levada essa, viu???). Lembro dela contando e eu imaginando ela sendo ensaboada nos porões da delegacia. Coisa de menino.

Mas já naquela época admirava a união e o companheirismo dessa turma. Aquelas reuniões para decidir o melhor caminho para o futuro do país, as greves, as lutas de classe, os embates ideológicos, a perseverança por um ideal de libertação, etc... Muito boa essa época. Ainda hoje eles se unem. Só que é para defender mensaleiros, encobrir falcatruas, xingar juízes pelo simples fato deles terem tido a coragem de cumprir a lei, etc... Isso eu já não admiro. Mas ainda acho bonito o companheirismo deles.

Só que surgiu um novo tipo de companheirismo. O companheirismo de conveniência. Funciona assim: te convidam, te apresentam propostas lindas, lhe prometem mundos e fundos, tudo isso para alcançar o poder.  Quando lá chegam, tudo é diferente. Não podem cumprir as promessas, as propostas já não são bem aquelas, o que antes era importante passa a ser supérfluo, e ao final de tudo, vão curtir as suas economias, largam os pepinos nas mãos de quem os apoiou, dizem que de nada sabiam e lhe deixa abandonado, com uma mão na frente e outra atrás. Eles chamam isso de companheirismo. Eu chamo de sacanagem. Afinal, como diz o velho ditado: companheiro é companheiro; FDP é FDP.

DEUS SALVA JOAQUIM BARBOSA!!!!


P.S.1 -   Quero deixar claro que ainda acredito e defendo os ideais de esquerda do PT, PCdoB, PSB e outros partidos da ala socialista. Isso não é uma crítica. É uma reflexão acerca da condução feita por certos políticos ditos esquerdistas em TODO BRASIL.

P.S.2 - Viu dona Petelina???? Minha veia politica tarda mas não falha...

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O futebol é nosso...

Minha vizinha, aquela senhora de bóbis na cabeça. Aquela que é apaixonada por política e leitora de carteirinha desse Blog xexelento. Pois essa véia, quando soube qual seria o tema dessa minha postagem, botou sua cabeça "bobiada" pra fora da janela, olhou para a minha face e berrou, com toda sua já mirrada força: "TRAIDOR...". Olhei para ela com meus olhinhos de pidão, fiz cara de triste e respondi: "Calma dona PeTelina; prometo que A PRÓXIMA será sobre política...".

Eu não podia deixar de falar do assunto mais comentado desta e das próximas semanas em todos os anais futebolístico aqui no Brasil. E logo de cara aproveito para perguntar: "Onde cargas d'água estavam com a cabeça José Maria Marín, presidente da CêBêFê, e o seu vice, aquele cidadão investigado pela Polícia Federal, Marco Polo del Nero (nome bunito da zorra) quando demitiram o técnico Mano Menezes da MINHA seleção, pouco meses antes da Copa das Confederações???". Logo agora que o cara tava achando um padrão de jogo??? Os jogadores entrosadinhos, motivadinhos e todos os inhos possíveis e imagináveis. Por que não fez isso logo após os Jogos Olímpicos, mízéra??? O motivo foi político ou futebolístico??? Perguntas sem respostas. E eu também já superei isso. Bola pra frente, que atrás (de lá ele) vem gente.

Rei morto, rei posto. Começa agora uma série de especulações acerca do nome que irá ocupar o cargo mais importante desse nosso Brasil. Felipão larga na frente, seguido de Muricy Ramalho e Tite. E até Pep Guardiola postula entre os prováveis treinadores do escrete canarinho. E com um certo favoritismo. E é aí que o bicho começa a pegar.

Será que realmente precisamos de um treinador estrangeiro para comandar um dos maiores símbolos dessa nação, no maior evento de futebol do mundo, que será realizado no nosso país? Sérgio Xavier, colunista da Revista Placar, disse muito sabiamente ao André Rizek (oto nome bunito da zorra) no programa Redação Sportv, que o povo brasileiro não quer o Pep Guardiola. Quer a forma de jogar do Barcelona de Pep Guardiola. Então, pera aí: Se queremos somente a filosofia do cara, por que não pegarmos SÓ esta filosofia??? Tem que trazer o pacote completo??? É tipo McDonald's? Pra comer o sanduíche tem que levar a bata frita e o refrigerante também???

Mas tem mais: essa filosofia que ele aplicou no Barça de Messi, ele aprendeu, adivinhem com quem??? Com o futebol brasileiro dos anos 80. Olha que louco. Queremos contratar um cara de fora, porque ele aplica um estilo de jogo que NÓS ensinamos a ele. Eu tô quase dando um tiro em Dona PeTelina de tão doido que eu tô ficando. O que fizeram com nosso futebol??? Aonde vamos parar??? E não venham me dizer que é xenofobismo não. E eu também tô pouco me lixando para essa espanholização do futebol mundial. Somos ou não somos o país do futebol? A pátria de chuteira? Éramos.

Politizaram o nosso amor maior. Fizeram com que os nosso jovens adorem os jogadores deles e ignorem os nossos. Torçam para os times deles e desprezem o nosso. Acompanhem os jogos deles e releguem os nossos. Mas eu não desisto. Digo e sempre direi que futebol bom é o nosso. Emoção como no nosso não há. Craques como os nossos tampouco. Pode até aparecer um Messi aqui, um Maradona acolá. Mas nada que se compare a Ronaldo, Romário, Zico, Sócrates, Bebeto, Garrincha, Tostão, Pelé, entre dezenas de outros. Podem acreditar no que eu digo: futebol bom é o nosso. E com gente nossa.

P.S.1 - Me façam o favor. FULECO??? Querem me envergonhar de vez, é cambada????

P.S.2 - Dona PeTelina, eu juro. Amanhã sai a postagem sobre política.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Messi: um jogador fabricado.

Bem amigos do Blog do Maron; seguindo a onda da minha última postagem, e pegando o embalo no "grande clássico" de logo mais entre Brasil e nosso hermanos, vou tecer algumas mal traçadas linhas sobre a grande paixão do brasileiro. Não! Não irei falar dos traseiros avantajados da mulher brasileira. Falarei sim, da batalha mais disputada entre os homens de boa vontade, da peleja que mobiliza multidões, do embate que causa taquicardia em nossos corações. Falarei dele, o ludopédio. Futebol para os íntimos.

E como em todo Brasil x Argentina sempre vem à tona aquela velha pergunta sobre quem é o melhor jogador do mundo, caberá a mim, com toda a polêmica que me é peculiar, tentar encerrar de uma vez por todas esta questão. Pelo menos aqui em casa.

É indiscutível que Messi é o melhor jogador em atividade. Os números comprovam isso. Autor de mais de 80 gols na temporada 2011/2012, Lionel Messi é dono de uma média fantástica de 0,70 gols/jogo. Se levarmos em consideração que ele atua como meia ofensivo, mesma posição de outro gênio do futebol, Zico, a média é mais impressionante ainda. 

Bom moço, avesso as baladas, fugitivo de carteirinha de polêmicas e de Marias Chuteiras (se tornou pai este ano), Lionel parece ter enterrado de vez a discussão que existia entre Pelé x Maradona. Óbvio, assim como o craque brasileiro, Messi nunca usou drogas, nunca atirou em jornalistas, tampouco foi pego em exames anti doping, atitudes essas cotidianas na vida de Dom Dieguito e que seriam mais que suficiente para  colocar Maradona anos luz atrás de Pelé.

Porém, e sempre tem um porém, algo me intriga: Messi aos 11 anos foi diagnosticado com um problema hormonal que retardava o seu crescimento. Messi então, ainda na Argentina, foi submetido a um tratamento caro (900 dólares mensais) que consistia em aplicações diárias de injeções. Este primeiro tratamento durou 1 ano e meio. Sem condições de continuar com o tratamento, o pai do craque resolveu tentar a sorte na Europa. Apresentou o filho ao Barcelona, que exitou em contratar o jogador, e só o fez após o técnico das divisões de base do clube avalizar a aquisição. Messi então passou por um tratamento mais rigoroso e ainda mais caro. Em menos de três anos, ele cresceu 30 centímetros.

Com todas essas informações, poderemos constatar que Messi foi um jogador fabricado em laboratório. A sua genialidade não seria suficiente sem uma estrutura corpórea que suportasse o esforço que as suas jogadas exigem. Messi, assim como outro craque brasileiro, Neymar, parece ser indestrutível. Pouco, ou quase nunca, apresenta contusões sérias que o deixa inativo por muito tempo, mesmo com toda a marcação que recebe. Será que isso seria possível sem tratamento específico? O fato não nos remete ao filme Rock IV, quando a extinta URSS apresentou um lutador de boxe fabricado em laboratório, o Ivan Dragon? Messi seria o Messi sem a ajuda dos avanços da medicina?

Na contramão dessas artimanhas genéticas, Pelé cresceu em um tempo onde a ciência ainda não se encontrava tão avançada. Sua genialidade é genuína, sem nenhum catalisador para otimizá-la. Pelé disputou 1.365 jogos, marcando 1.281 gols, o que nos dá uma média praticamente insuperável de 0,94 gols/jogo. Marcou o seu gol 1.000 aos 29 anos, numa idade onde nos idos anos 60, 70, muitos jogadores já estavam encerrando a sua carreira ou já aposentados.

Se contabilizarmos as contusões sofridas por Pelé, que não possuía avanços tecnológicos ao seu favor, e o seu tempo de recuperação das mesmas, veremos quão fantástico ele era. Porém poderíamos observar que os seus números poderiam ser bem mais significativos. Ficou de fora de quase toda a Copa do Mundo de 62, disputando apenas o primeiro jogo contra o México e marcando o segundo gol da vitória por 2x0. Na partida seguinte, contra a Tchecoslováquia, se machucou e não mais voltou a atuar pela competição. 

Mesmo com a ausência, o Brasil sagrou-se campeão naquele ano, assim como em 1958. Feito esse repetido pelo país e por Pelé em 1970. E são nos títulos onde mais uma vez Pelá leva vantagem em relação a Messi. Entre Copas do Mundo, Libertadores, Mundial de Clubes, entre outros, Pelé conquistou mais de 60 títulos. Messi conquistou até o momento "apenas" 30. Sem falar que ele deve um título de expressão pela Seleção Argentina.

Não questiono a genialidade e a grande capacidade de Leo Messi. Um jogador que está a frente do seu tempo. Um atleta capaz de tornar fácil o que para muitos parece impossível. Questiono contudo os métodos utilizados para alcançar essa genialidade e as comparações feitas a Pelé. Mas com tudo isso, acredito que essa discussão ainda irá se arrastar por muitos anos. Ou pelo menos até aparecer um outro craque argentino para ser comparado com o negão de Três Corações. Porque assim como Maradona, Messi vai nadar, nadar e morrer na praia. Pelé é e sempre será o melhor jogador de futebol de todos os tempos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Ensaio sobre Galvão Bueno

Há tempos que desejo fazer duas coisas: voltar a escrever no meu blog, e tecer uma opinião a respeito de Galvão Bueno. O blog foi repaginado, volta com novo layout, novo nome e novo endereço.
A opinião acerca de Galvão, começa agora....
Não tenho duvida nenhuma que o narrador esportivo Galvão Bueno é o maior profissional do ramo em atividade no Brasil. A forma como ele narra os eventos esportivos passa uma emoção genuína, que contagia o telespectador e nos faz sentir como se fizéssemos parte daquele momento. O seu patriotismo, no momento em que o Brasil passa por uma crise de pessimismo exagerado, nos faz sentir orgulho de sermos brasileiros. 
mas é claro que GB não é perfeito. Tem os seus defeitos como todo bom profissional. As vezes tece comentários sobre o que não entende, quer passar a imagem de sabe tudo e até destrata os colegas de transmissão. Mas, atire a primeira pedra na tela do computador quem nunca errou no exercício da sua função. E isso não é, creio eu, motivo para execrarmos qualquer profissional que seja.
O fato de Galvão não ser uma unanimidade não nos dá o direito de agressões gratuitas a ele. Quem não gosta, mude de canal, ponha a TV no mute, saia de casa, vá tomar uma cerveja ou faça o que bem entender. O que não pode acontecer é uma ínfima parcela da sociedade, passar a imagem para o resto do mundo de que os brasileiros são trogloditas, truculentos e mal educados como ocorreu na transmissão do último UFC RIO, onde pessoas gritavam palavras impublicáveis com o único intuito agredir um profissional no seu local de trabalho. 
E se a moda pega? Teria eu direito de agredir o gerente do meu banco por que o atendimento prestado não me agrada? Teria eu direito de agredir o apresentador do telejornal que passa notícias tendenciosas? Poderia eu socar o jogador do meu time pelo fato do mesmo não ter sido campeão? Repito: não temos o direito de agredir nenhum profissional. Outras formas de protesto são bem mais eficazes. 
Que o povo brasileiro não seja mais obrigado a passar por constrangimentos como o ocorrido no MMA. Iremos sediar uma Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. Que nossos visitantes levem de nós uma imagem de um povo festivo, alegre e educado. Não de um povo mal educado, como meia dúzia de babacas querem passar.