quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Messi: um jogador fabricado.

Bem amigos do Blog do Maron; seguindo a onda da minha última postagem, e pegando o embalo no "grande clássico" de logo mais entre Brasil e nosso hermanos, vou tecer algumas mal traçadas linhas sobre a grande paixão do brasileiro. Não! Não irei falar dos traseiros avantajados da mulher brasileira. Falarei sim, da batalha mais disputada entre os homens de boa vontade, da peleja que mobiliza multidões, do embate que causa taquicardia em nossos corações. Falarei dele, o ludopédio. Futebol para os íntimos.

E como em todo Brasil x Argentina sempre vem à tona aquela velha pergunta sobre quem é o melhor jogador do mundo, caberá a mim, com toda a polêmica que me é peculiar, tentar encerrar de uma vez por todas esta questão. Pelo menos aqui em casa.

É indiscutível que Messi é o melhor jogador em atividade. Os números comprovam isso. Autor de mais de 80 gols na temporada 2011/2012, Lionel Messi é dono de uma média fantástica de 0,70 gols/jogo. Se levarmos em consideração que ele atua como meia ofensivo, mesma posição de outro gênio do futebol, Zico, a média é mais impressionante ainda. 

Bom moço, avesso as baladas, fugitivo de carteirinha de polêmicas e de Marias Chuteiras (se tornou pai este ano), Lionel parece ter enterrado de vez a discussão que existia entre Pelé x Maradona. Óbvio, assim como o craque brasileiro, Messi nunca usou drogas, nunca atirou em jornalistas, tampouco foi pego em exames anti doping, atitudes essas cotidianas na vida de Dom Dieguito e que seriam mais que suficiente para  colocar Maradona anos luz atrás de Pelé.

Porém, e sempre tem um porém, algo me intriga: Messi aos 11 anos foi diagnosticado com um problema hormonal que retardava o seu crescimento. Messi então, ainda na Argentina, foi submetido a um tratamento caro (900 dólares mensais) que consistia em aplicações diárias de injeções. Este primeiro tratamento durou 1 ano e meio. Sem condições de continuar com o tratamento, o pai do craque resolveu tentar a sorte na Europa. Apresentou o filho ao Barcelona, que exitou em contratar o jogador, e só o fez após o técnico das divisões de base do clube avalizar a aquisição. Messi então passou por um tratamento mais rigoroso e ainda mais caro. Em menos de três anos, ele cresceu 30 centímetros.

Com todas essas informações, poderemos constatar que Messi foi um jogador fabricado em laboratório. A sua genialidade não seria suficiente sem uma estrutura corpórea que suportasse o esforço que as suas jogadas exigem. Messi, assim como outro craque brasileiro, Neymar, parece ser indestrutível. Pouco, ou quase nunca, apresenta contusões sérias que o deixa inativo por muito tempo, mesmo com toda a marcação que recebe. Será que isso seria possível sem tratamento específico? O fato não nos remete ao filme Rock IV, quando a extinta URSS apresentou um lutador de boxe fabricado em laboratório, o Ivan Dragon? Messi seria o Messi sem a ajuda dos avanços da medicina?

Na contramão dessas artimanhas genéticas, Pelé cresceu em um tempo onde a ciência ainda não se encontrava tão avançada. Sua genialidade é genuína, sem nenhum catalisador para otimizá-la. Pelé disputou 1.365 jogos, marcando 1.281 gols, o que nos dá uma média praticamente insuperável de 0,94 gols/jogo. Marcou o seu gol 1.000 aos 29 anos, numa idade onde nos idos anos 60, 70, muitos jogadores já estavam encerrando a sua carreira ou já aposentados.

Se contabilizarmos as contusões sofridas por Pelé, que não possuía avanços tecnológicos ao seu favor, e o seu tempo de recuperação das mesmas, veremos quão fantástico ele era. Porém poderíamos observar que os seus números poderiam ser bem mais significativos. Ficou de fora de quase toda a Copa do Mundo de 62, disputando apenas o primeiro jogo contra o México e marcando o segundo gol da vitória por 2x0. Na partida seguinte, contra a Tchecoslováquia, se machucou e não mais voltou a atuar pela competição. 

Mesmo com a ausência, o Brasil sagrou-se campeão naquele ano, assim como em 1958. Feito esse repetido pelo país e por Pelé em 1970. E são nos títulos onde mais uma vez Pelá leva vantagem em relação a Messi. Entre Copas do Mundo, Libertadores, Mundial de Clubes, entre outros, Pelé conquistou mais de 60 títulos. Messi conquistou até o momento "apenas" 30. Sem falar que ele deve um título de expressão pela Seleção Argentina.

Não questiono a genialidade e a grande capacidade de Leo Messi. Um jogador que está a frente do seu tempo. Um atleta capaz de tornar fácil o que para muitos parece impossível. Questiono contudo os métodos utilizados para alcançar essa genialidade e as comparações feitas a Pelé. Mas com tudo isso, acredito que essa discussão ainda irá se arrastar por muitos anos. Ou pelo menos até aparecer um outro craque argentino para ser comparado com o negão de Três Corações. Porque assim como Maradona, Messi vai nadar, nadar e morrer na praia. Pelé é e sempre será o melhor jogador de futebol de todos os tempos.

Um comentário:

Anônimo disse...

É uma disputa interessante, onde numericamente o Pelé sobra, mas assim como existe o questionamento de certos avanços a favor de Messi, esse mesmo avanço é a favor também de quem está jogando contra, não só na parte médica, mas tanto na parte de acessórios e no futebol taticamente e defensivamente, o q me leva a concluir q a técnica vangloriada no passado é ofuscada, em sua maioria, pelo trabalho duro e ótimo condicionamento físico e senso tático do marcador.